Este livro é composto na verdade de três histórias. A primeira é a que dá título ao livro: Histórias de Alexandre; as outras duas são: A Terra dos Meninos Pelados e Pequena História da República.
Em "Histórias de Alexandre", esqueça a melancolia, angústia, tristeza, seca e sofrimento que permeiam os livros de Graciliano e embarquem nas aventuras nada convencionais deste personagem mentiroso e popular. Alexandres, como já dito, é um mentiroso e com suas histórias atiça a imaginação dos amigos e parentes que o visitam para admirar suas narrativas rocambolescas. Alexandre é um velho vaqueiro, casado com Cesária, homem de pequenas posses e de imaginação fértil. Alexandre foi a inspiração de Chico Anysio para criar o seu personagem Pantelão, um grande mentiroso que utilizou algumas histórias do livro em seu quadro humorísitico.
"A Terra dos Meninos Pelados" conta a história de raimundo, um garoto diferente, com um olho azul e outro preto e a cabeça pelada e por isso sofria com a discriminação dos outros garotos da cidade, ou seja, hoje em dia seria uma história sobre bulling, mas Raimundo acaba encontrando um mundo diferente e vive uma grande aventura.
Em "Pequena História da República", Graciliano conta história da República da sua proclamação até o Estado Novo, numa linguagem direta e voltado para as crianças, esta história não tem o mesmo encanto das outras duas, sendo de menor importância na obra em questão.
Um livro que deve ser lido, principalmente para se divertir com as histórias inverossímeis de Alexandre, histórias estas, como dito pelo autor, que fazem parte do folclore nordestino e que são contados pelo sertão afora. Abaixo uma dessa história para animá-los a ler o livro.
UMA CANOA FURADA
Alexandre conta que certa vez pegou uma canoa de aluguel para atravessar o Rio São Francisco, que segundo ele é o maior rio do mundo e que “não se sabe onde começa,nem onde acaba, mas, na opinião dos entendidos, tem umas cem léguas de comprimento. Quer dizer que, se em vez de correr por cima da terra, ele corresse para os ares, apagava o sol, não é verdade, mestre Gaudêncio?”
Acontece que na passagem a canoa fura e começa a afundar. O canoeiro é um mal educado e os passageiros estão desesperados. Alexandre promete que se sobreviverem ele dará uma lição no dono da embarcação.
No meio da confusão Alexandre tem uma “idéia genial”, como os passageiros não conseguiam esgotar a água que entrava na canoa, Alexandre vai ao lado oposto do furo, pega seu martelo e formão e faz um outro rombo na embarcação. Todos pensam que o vaqueiro está louco, mas em poucos minutos a canoa está seca, pois segundo Alexandre “a água entrava por um buraco e saía por outro. Compreenderam? Uma coisa muito simples.”
Após cruzarem o rio, sãos e salvos, Alexandre conta: “Aí chamei de parte o canoeiro, sem raiva, e dei-lhe meia dúzia de trompaços, que o prometido é devido.”
Alexandre conta que certa vez pegou uma canoa de aluguel para atravessar o Rio São Francisco, que segundo ele é o maior rio do mundo e que “não se sabe onde começa,nem onde acaba, mas, na opinião dos entendidos, tem umas cem léguas de comprimento. Quer dizer que, se em vez de correr por cima da terra, ele corresse para os ares, apagava o sol, não é verdade, mestre Gaudêncio?”
Acontece que na passagem a canoa fura e começa a afundar. O canoeiro é um mal educado e os passageiros estão desesperados. Alexandre promete que se sobreviverem ele dará uma lição no dono da embarcação.
No meio da confusão Alexandre tem uma “idéia genial”, como os passageiros não conseguiam esgotar a água que entrava na canoa, Alexandre vai ao lado oposto do furo, pega seu martelo e formão e faz um outro rombo na embarcação. Todos pensam que o vaqueiro está louco, mas em poucos minutos a canoa está seca, pois segundo Alexandre “a água entrava por um buraco e saía por outro. Compreenderam? Uma coisa muito simples.”
Após cruzarem o rio, sãos e salvos, Alexandre conta: “Aí chamei de parte o canoeiro, sem raiva, e dei-lhe meia dúzia de trompaços, que o prometido é devido.”
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