Antares: uma cidade que não está no mapa, localizada nos confins do Rio Grande do Sul, dominada por duas famílias rivais, os Campolargo e os Vacariano; na primeira parte do livro temos um pequeno histórico sobre a criação da cidade e de como surgiu a rivalidade entre as famílias, entremeadas com o que acontece no Brasil da época, principalmente no campo político.
O Incidente: no dia 13 de dezembro de 1963 é deflagrada uma greve geral na cidade, sete pessoas morrem, os coveiros estão em greve e todos são impedidos de serem sepultados, são deixados os caixões na frente do cemitério e os mortos acabam despertando do seu sono eterno. Dentre os "mortos" estão: D. Quita, a matriarca dos Campolargo; Dr. Cícero, o advogado; Barcelona, o sapateiro; o professor Menandro Olinda; a prostituta esquelética, Erotildes; João Paz, jovem idealista que morreu torturado pela polícia; o Pudim de Cachaça, o maior beberão de Antares, assassinado pela mulher.
Os mortos, insepultos, adquirem "vida" e passam a vasculhar a vida dos parentes e amigos, descobrindo, com isso, a extrema podridão moral da sociedade. Como as personagens são cadáveres, livres, portanto, das pressões sociais, podem criticar violentamente a sociedade.
Esta história é sensacional, com a marca da genialidade de um Verissímo.
Vou deixar de visitar esse blog!!! Estou ficando com a síndrome da ansiedade pelos livros não lidos!!! Kkkkk
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